Inclusão digital?, por Mauricio Oppitz*
Muito se lê na imprensa, atualmente, matérias com sugestões que parecem verdadeiros milagres com relação à inclusão digital. Computadores e laptops, cheios de entraves, são apresentados como a salvação para que educadores e estudantes do mundo inteiro possam usufruir das maravilhas que a tecnologia oferece. Há de se salientar, porém, as limitações que tais soluções apresentam. Monitores cujos tamanhos forçam a vista do estudante, problemas de ergonomia que podem trazer riscos para a coluna e baixa resolução da tela estão entre as desvantagens desses aparatos. Para que a inclusão digital seja feita de forma mais efetiva é necessário avaliar como essas soluções são apresentadas.
Um computador com o mesmo preço de um chinelo – que é o que anda sendo divulgado – teria a mesma qualidade de um notebook que custa dez mil reais nos shoppings? Loucuras de mercado ou questão de custo/benefício?
É possível, sim, importar placas simples e montar computadores mais baratos, mas isso acaba comprometendo as grandes marcas que trabalham com essa tecnologia, além deixar de lado a garantia dos produtos. A preocupação com a funcionalidade e a vida útil, por exemplo, devem vir em primeiro lugar na linha de produção desses equipamentos.
Trata-se,portanto, deAliar a criatividade à durabilidade, tendo sempre em foco as diversas nuanças e peculiaridades dos seres humanos, oferecendo produtos que contemplem variados perfis talvez seja a alternativa mais viável para se alcançar uma inclusão digital quede fato seja ampla e irrestrita.
Reportagem do Diário Catarinense.
www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a2396473.xml&template=3898.dwt&edition=11660§ion=1320
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Mauricio Oppitz
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