Os alunos podem acessar tudo nas telas de suas carteiras, e até rever o conteúdo a partir de casa pela internet. Não é nenhuma cena de ficção científica. Todo esse equipamento já existe.
E a empresa responsável por essa revolução digital nas salas de aula é legitimamente brasileira – com sede em Curitiba (PR). Trata-se da Cequipel, uma das maiores fabricantes de móveis escolares do mundo. Há quase 30 anos, especialistas desenvolvem móveis com tecnologia embarcada de acordo com necessidades específicas.
Em uma aula sobre o sistema solar, o professor arrasta no quadro figuras de planetas, faz apontamentos em diferentes cores e no final, salva todo o conteúdo passado com a própria voz gravada, o que torna a aula mais atrativa, permitindo uma maior interação e assimilação por parte dos alunos.
A carteira informatizada é a menina dos olhos da Oppitz, empresa do grupo Cequipel voltada para a parte de tecnologia. O sistema funciona como um cliente-servidor, permitindo um menor custo com a compra de softwares.
A base é o Linux. Os teclados e toda a montagem é a prova de danos, e suporta fortes impactos.
As possibilidades de desenvolvimento de conteúdo são infinitas, desde simples textos com imagens até material multimídia em alta definição.
A qualidade de acabamento e a tecnologia embarcada nos produtos da empresa impressiona, assim como a variedade de opções e a possibilidade de customização. O valor não é tão alto quanto se imagina. Uma lousa com recursos multimídia por exemplo, sai por cerca de R$ 6 mil. E até 2012, o grupo pretende lançar uma carteira informatizada com preço inferior ao de um notebook popular.
O modelo duplo das carteiras informatizadas já está presente em mais de mil escolas em diversas cidades do Brasil, como em Fortaleza (CE), Florianópolis (SC), Camaçari (BA), Cidreira (RS), Barueri, Hortolândia (SP), entre outras. O governo de Santa Catarina começou a instalar 3.096 carteiras na rede pública estadual, em um total de 516 laboratórios (salas) com carteiras informatizadas. É possível conferir mais detalhes dos produtos pelo endereço eletrônico da empresa Oppitz.
Para o presidente da empresa, Airton Bohrer Oppitz, as carteiras informatizadas são mais viáveis que o atual plano de informatização no ensino. Segundo ele, simplesmente distribuir notebooks para os alunos não é o melhor caminho: "São equipamentos com telas pequenas, não tem uso confortável indicado para as crianças. Além do problema de manutenção e insegurança. Imagine o risco desses alunos andarem pela rua com esses computadores e serem assaltados".
O outro benefício é aproximar mais as comunidades das escolas com a tecnologia nelas instaladas e também conscientizar os moradores do valor da inciativa, para que valorizem mais o patrimônio que é construído com o pagamento de impostos de toda população.
[Fonte: Portalcwb]
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